sábado, 19 de março de 2011

Wet day

Chove, dentro e fora.
Chuva que lava
que destrói
que salva
chuva que traz vida.
Remédio para corpo e alma.
Que faz esquecer
mas fixa o que não deve ser apagado.

O rio que agora me transborda
chama-se Saudade.

Chuviscos de nostalgia
que me trazem alegria
e tristeza.
Mas apesar disso,
a chuva trouxe algo bom.
Ficará guardado
esse sentimento
Que é bonito e triste
feito pássaro engaiolado.

No entanto,
não estou presa.
Sou um pássaro longe do ninho
Um pássaro que voou.

Minha janela

Era um homem sério pois havia de ser dessa maneira. Andava sempre mascarado , escondendo atrás de uma rotina friamente calculada a desordem que havia dentro em mim. Um mascarado que não se traduzia heroi, nem tampouco bandido ou artista, provavelmente um fugitivo, que não permitia ser olhado nos olhos com medo de serem flagrados nestes a tristeza e o fracasso. Dessa maneira nunca havia sido descoberto, pensava serem os meus escudos invencíveis... até que ela chegou.
Tentei me defender de todas as maneiras, me armei com todas as armas e reforcei meus escudos, mas ela não lutou. Desviou-se de cada arma, achou passagem em cada escudo, arrancou-me a mascara, olhou nos meus olhos e foi entrando nas pontas dos pés.
Tratou de dar jeito na desordem, colocou tudo em seu devido lugar, o que já não servia jogou fora, o que estava quebrado consertou e depois de todas as feridas curadas abriu a janela deixando o sol entrar.
Não sei dizer quanto tempo ela ficou. É que deixei de me importar com os números, deixei de me importar com o tempo... só sei que um dia vi-la definhar a cair fraca no chão. Desesperado quis pegar nas armas, quaisquer que fossem, e lutar. Mas ela me disse num tom sério que já era hora, que agora seria espuma do mar. Virou-se para o lado, como quem sugere um cochilo e fechou lentamente seus doces olhos.
Novamente abriram-se as feridas, o fracasso voltou com suas malas carregadas com as tristezas, com as angústia reviveu a desordem e fechou minha janela.
Por muito tempo voltei a ser aquele fugitivo mascarado, voltei a minha rotina calculista e pensei que jamais veria o sol novamente.
Porém existia um cantinho que havia ficado marcado pela passagem dela e um dia, depois de muito relutar, fechei meus olhos e fui para lá, afastando a tristeza, afastando a angústia e cheguei onde algumas flores tímidas cresciam... me flagrei lembrando daqueles tempos felizes e percebi que lá fora um vento repleto de maresia forçava a janela.
Pensei que talvez devesse abri-la.






"Quando o sol bater
Na janela do teu quarto
Lembra e vê
Que o caminho é um só..."
Renato Russo

terça-feira, 1 de março de 2011

Hoje hoje hooooje



E' aniversario de alguém..
quem quem quem?
Alguém muito, muito especial,
uma pessoinha alta, magricela e loira,
alguém que nao sai do coraçao facil facil,
que me faz rir,
que me faz beber,
que nao me faz dormir,
que me dà vida.
Te amo muito, e a saudade nao mudarà isso, nunca.
S.