segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

In my life

Instrução: Coloque In My Life – The Beatles para tocar e comece a ler.

São 11 horas da noite. Estou no quarto com um sério problema. O nome desse problema é saudade. Eu estou muito feliz com minha nova vida, com minha nova rotina. Nem estou reclamando tanto da física e da matemática. Eu gostei da mudança, mas tem algo me perturbando. E é essa tal da saudade.

É engraçado, nunca pensei que sentiria tanta falta de Itamonte, onde eu vivi por apenas 2 anos. Parece muito mais, graças a algumas pessoas que fizeram com que essa estadia fosse tão boa e tão especial. Eu sinto falta da escola; das aulas; de brincar de esconde-esconde de carro com a Lucinha; de dançar funk com o Kiko Fedô e com os V!d@ l0k4!!!11!!; de rir durante as aulas e fazer feiúra no recreio; de quando eu e a Mel fugimos da escola pra tomar solzinho na praça e nos escondemos em casas alheias; sinto falta de rir do Samuel fazendo coraçãozinho; de ir quase todo dia na casa da Mel pra não fazer nada...

E agora, essas cenas, que vão se passando como um filme na minha cabeça, parecem estar tão distantes e ao mesmo tempo parece que foi ontem que eu estava cantando Iraê ah ah ô ô ô no karaokê. Lembro como se fosse ontem da Brunella matando políbios em Angra, eu remando um caiaque e puxando uma bóia enquanto a Mel estava de boa na Areia Do Gato...
Sinto falta dos meus pais também. Eu reclamava que eles viviam no meu pé, ficava brava quando minha mãe desligava a Internet pra eu ir dormir, eu brigava e brigava como qualquer aborrescente normal briga com os pais, muitas vezes por coisas idiotas, mas eu sinto falta disso. Sinto falta do chato do meu irmão, e principalmente da Larinha, que é a minha coisinha mais linda, meu tesourinho de 1 ano e 8 meses.

Eu agora estou aqui, realizando um antigo sonho. Morando na “cidade grande”, na Cidade Maravilhosa, junto com minha irmã linda e com minha super avó. Perto do meu namorado (não tão perto, o Lins é MUITO longe xD), perto da Manu...

Ainda continuo longe do Matutu e de todo mundo de lá; continuo longe da Sophie, meu solzinho; longe da Naty, que é minha irmã de coração e quem fez da minha vida em Campo Redondo muito melhor, com quem eu compartilhei 4 anos e uma pessoa que sempre estará comigo, no meu coração e na minha memória, assim como a Ananda, que eu convivi desde que nasci praticamente e hoje mesmo muito longe ela está sempre aqui; continuo longe de várias pessoas que amo, mas eu tenho aprendido a lidar com isso. Afinal, a saudade é sinal de que eu já vivi algo bom e eu devo ficar feliz com isso, não triste. Se eu tive motivos para amar essas pessoas um dia, esses motivos sempre existirão, e eu nunca deixarei de amá-las. Não se vive duas vezes e momentos são únicos, portanto devemos aproveitá-los. E quando estamos longe de quem amamos, nada melhor do que relembrar o que passamos juntos, e me pego olhando para fotos e rindo, comentando sobre algo que aconteceu aquele dia...

Agora, o jeito é continuar indo, já conheço muitas pessoas maravilhosas e ainda conhecerei várias, e meu coração é que nem coração de mãe, sempre cabe mais um! Portanto, que venha o novo, mas nunca me esqueço do que passou. Tá guardado, muito bem guardado.

"É isso que importa no fim. Ter alguma coisa pra lembrar, alguma coisa pra nunca esquecer. Uma coisa que não tem fim.


Ouçam In my life, de novo, e prestem atenção nela.

4 comentários:

  1. Analisei "in my life" uns dias atras, depois a coloquei no perfil do fb.
    E sempre que a escuto novamente, a palavra saudade se forma em minha cabeça também, e lembro do mato, do Brasil. Que que eu daria pra voltar a viver tudo isso de novo? Nem sei.

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  2. Ficou lindo. Apesar de vc não citar a sua outra mãe... UAHSUAHSUASHAU Mentira Lita, ficou muito legal!

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  3. aaaah, eu te inclui na parte q fala do matutu, mas da proxima eu cito seu lindo nome, Meri! xD

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